Anúncios
Sabemos que quando se pega empréstimo, seja ele pessoal, consignado, para pessoas físicas, o tipo de empréstimo que for, temos juros para pagar ao longo das parcelas, de modo que o valor pago é sempre maior do que o montante que foi pego. Mas será que esses juros estão sendo de acordo com a taxa Selic?
Bem, atualmente está rolando uma discussão entre as instituições financeiras brasileiras e o Ministério da Previdência Social de modo que querem determinar uma nova taxa máxima para os juros dos empréstimos consignados. Mas acontece que eles não estão chegando num acordo.
Proposta do Ministério da Previdência Social em relação à taxa de juros
O ministro da previdência, o Carlos Lupi, defende que há condições das taxas do consignado serem reduzidas, principalmente pois a taxa Selic vem tendo um decréscimo. Isso já era algo previsto a ser discutido nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC).
Mas tudo bem, qual seria a proposta do ministério? Bem, eles sugerem que se estabeleça uma maneira de se utilizar um cálculo onde isso implicará na redução do teto do consignado do INSS, sempre que a taxa Selic também sofrer uma redução.
Essa ideia quer que se crie um modo onde o banco possua uma rentabilidade mínima e possua uma mínima variação da taxa de juros, de maneira que isso seja proporcional entre as duas coisas.
Porém as instituições bancárias não concordam com isso, de modo que eles alegam que todo esse cálculo proposto irá implicar de maneira negativa em suas operações de crédito, e sugerem que o governo faça uma nova alternativa de cálculo para essa taxa do teto de juros do empréstimo consignado.
Como esse debate afeta os bancos e o mercado financeiro?
Uma questão que fica em aberto é sobre como essa discussão que está ocorrendo irá afetar de maneira direta os bancos e o mercado financeiro em si. E até então, o mercado financeiro tem reagido com bastante cautela com relação ao que vem acontecendo e isso se dá devido ao cenário em que nos encontramos atualmente, até falando de maneira Global.
O mercado financeiro vem sofrendo com a alta dos preços do petróleo e com o aumento dos juros dos títulos públicos dos Estados Unidos. Sendo assim, essas incertezas que vem ocorrendo afetam também o desempenho do Ibovespa, que vem apresentando uma queda em seu percentual.
E mesmo com toda essa movimentação que vem ocorrendo, os investidores ainda têm que ficar de olho quanto à inflação, que vem tendo alta após vários meses em queda, isso foi segundo o indicador IGP-M, e eles devem ficar de olho também nas projeções do Banco Central em relação à economia brasileira.
Essas discussões têm a capacidade de causar uma grande movimentação no mercado financeira, de modo que elas já estão ocorrendo a bastantes tempo, visto que em Março de 2023 já possuíam notícias que informavam que o governo estava tentando lutar contra o aumento do juros, mas os bancos não estavam concordando com isso.
Instituições que rejeitam a baixa dos juros
As principais instituições a serem contra esse modelo são aquelas que são privadas, de modo que eles representam boa parte do mercado que oferece esse tipo de serviço, e eles acham que isso seria prejudicial para eles.
Isso chegou a acarretar inclusive, em algumas instituições que decidiram parar de ofertar o empréstimo consignado durante um tempo, também em Março de 2023, justamente por causa da queda que teve dos juros.
Sabemos que essas instituições praticamente se sustentam em cima dos juros que são cobrados por eles, seja os de cartão de crédito, de empréstimos e outros produtos que eles oferecem, e é justamente por isso que eles são contra a redução desses juros.
Mas o que nos resta agora é aguardar para ver como a situação será resolvida e se espera ainda que isso gere mais movimentação no mercado financeiro igual já teve e está tendo agora.