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Quando nasce uma criança, nasce um novo orçamento. Fralda, fórmula, roupinha, carrinho, berço, plano de saúde…a lista de produtos e também de serviços que um filho exige é longa. E não se limita aos primeiros anos de vida. Em meio a tanta coisa, fica fácil se perder nas contas. Mas será que tem um jeito de saber quanto custa ter um filho?
Não é possível bater o martelo em um único valor. Mas dá para conhecer as principais despesas exigidas nessa criação, e ter uma ideia do tamanho desses custos. Entender o que está por trás dessa conta ajuda a família a priorizar gastos, reduzir danos, não se endividar e ter algum controle do orçamento.
O valor de criar um filho no Brasil
Como você viu, não tem como bater o martelo em um valor, porque há muitos fatores que fazem esse custo ser maior ou menor. Contudo, a economista Juliana Inhasz, do Insper, e o professor de finanças do Ibmec SP, Cristiano de Souza Corrêa, fizeram as contas para mostrar qual poderia ser o tamanho dessa despesa.
Os cálculos foram realizados com base em dados do IBGE e consideraram os custos do nascimento até os 24 anos. Eles concluíram que, considerando famílias de classe C que moram em grandes cidades com alto custo de vida, como São Paulo, esse custo pode ficar entre R$ 400 mil e R$ 1 milhão.
Já entre as famílias da classe B, esse valor pode ficar entre R$ 900 mil e R$ 2 milhões. Esses valores, porém, podem variar muito ainda e ser bem menores ou bem maiores, dependendo das escolhas feitas pelos pais para criar seus filhos e da organização financeira dessa família.
Benefícios de um bom planejamento financeiro
Ter um planejamento bem estruturado traz muitas vantagens para as famílias. A primeira delas é a tranquilidade e a segurança financeira. Saber que os gastos com a educação, saúde e lazer dos filhos estão previstos no orçamento evita surpresas desagradáveis. Além disso, um planejamento eficiente permite que a família possa aproveitar oportunidades de investimento e crescimento.
Outra vantagem é a capacidade de ensinar os filhos desde cedo sobre a importância da educação financeira. Com um bom exemplo em casa, as crianças aprendem a importância de poupar, investir e gastar de forma consciente. Isso pode refletir positivamente na vida adulta deles, tornando-os mais responsáveis e preparados para lidar com o próprio dinheiro.
Segurança e bem-estar
Investir em um planejamento financeiro adequado para a criação de um filho também impacta diretamente na sensação de segurança e bem-estar da família. Quando os pais sabem que têm recursos suficientes para cobrir todas as necessidades da criança, evitam situações de estresse e ansiedade. Isso contribui para um ambiente familiar mais tranquilo e harmonioso.
Além disso, com um orçamento bem administrado, é possível criar uma reserva de emergência específica para imprevistos que possam surgir no decorrer da jornada. Isso fornece uma rede de segurança que permite enfrentar situações adversas sem comprometer a estabilidade financeira da família.
Desvantagens de não se planejar financeiramente
Por outro lado, a falta de um planejamento financeiro pode trazer consequências negativas significativas. Uma das principais desvantagens é o risco de endividamento. Sem um controle adequado dos gastos, a família pode acabar utilizando o limite do cartão de crédito ou contraindo empréstimos para cobrir as despesas inesperadas, criando uma bola de neve de dívidas.
Além disso, a ausência de um planejamento pode gerar conflitos e tensões entre os membros da família, especialmente quando há escassez de recursos para atender às necessidades básicas ou desejos dos filhos. Isso pode impactar negativamente o clima familiar e prejudicar o relacionamento entre pais e filhos.
Endividamento
Uma das principais desvantagens de não ter um planejamento financeiro é o risco elevado de endividamento. Quando os pais não têm uma visão clara de quanto podem gastar e como distribuir os recursos, é fácil gastar além do que seria aconselhável. Isso pode levar à utilização excessiva de crédito e, eventualmente, à incapacidade de pagar as dívidas contraídas.
O endividamento pode comprometer a qualidade de vida da família, limitando a capacidade de atender às necessidades básicas dos filhos, como educação e saúde. Além disso, pode gerar uma situação de estresse constante, afetando a saúde mental e emocional dos pais, e consequentemente, dos filhos.
Concluindo, criar um filho no Brasil envolve um planejamento financeiro cuidadoso e contínuo. Desde a construção de uma reserva de emergência, passando pela definição de prioridades, até o acompanhamento e ajustes constantes, cada etapa é fundamental para garantir uma criação sem sobressaltos financeiros e com mais qualidade de vida para todos os membros da família.